16mil sindicatos no Brasil: pensa que é pouco? E o que seriam “sindicatos”^2?

O Brasil está repleto de problemas, tanto na esfera política, econômica, social, jurídica, empregatícia, financeira, moral. A área não importa. Mas há um ponto que merece bastante destaque [negativo] no Brasil: os sindicatos.

Quem entende um pouco de como a economia funciona, sabe que aquelas teorias de “luta de classes”, “opressor x oprimido”, “exploração da mais-valis” e drogas afins não fazem o menor sentido. Qualquer manual de microeconomia já é o suficiente para entender o processo.

Ainda que sim, infelizmente haja muita exploração do trabalhador brasileiro e isso deve ser combatido, para que tanto o trabalhador possa ser mais produtivo, quanto para que a sociedade possa ser grata pelos frutos gerados por aquela pessoa. Mas um pingo deve ser colocado no “i”: nem todos os trabalhadores são hipossuficientes [ainda que saibamos que haja casos sim!, mas isso é outra conversa].

Pois bem, para que se possa haver uma melhor negociação entre patrão e empregado, há casos em que a negociação pode, e deve, ser feita diretamente. E há outros [que são a maioria] que a negociação é feita por um intermediário: o sindicato.

Ao menos em tese, é claro. Nossa fabulosa Constituição Federal institui que haja a “unicidade sindical”, ou seja, para cada área (município, estado) haja apenas um sindicato de uma determinada categoria. E qual o problema disso? Não há concorrência. Ou seja, facilita para que grupos formadores de lobby assumam as referidas pastas, na maior cara de pau.

Ainda que haja sindicatos sérios, sabe-se que a maioria é simplesmente instrumento dos partidos de esquerda do Brasil [que são quase todos]. São os famosos “pelegos”. Sindicato no Brasil é basicamente “pelegagem”.

E além dos sindicatos em si, ainda há a chamada “contribuição sindical”, ou seja, o trabalhador “contribui” de forma obrigatória com um dia de trabalho ao ano, para o sindicato da categoria. Felizmente, este imposto está em vias de ser extinto. E por que isso? Um dos motivos é que a taxa de sindicalização no Brasil é baixa. Só com os afiliados, muitos sindicatos fechariam as portas. Pode ser que assim, eles sejam mais eficientes, nem que seja na marra, pois vão perder “clientes”.

Talvez sindicatos como o “Sindicato da Indústria de Camisas para Homem e Roupas Brancas de São Paulo” (que deve ser o sindicato da família Abbud João) e o “Sindicato dos Empregados em Escritórios de Empresas de Transportes Rodoviários do Setor Administrativos de Cargas Secas e Molhadas, Turismo e Fretamento, Urbano e Suburbano de Passageiros, Veículos Zero km do Grande ABCD e Regiões – SP” devam se mexer, pois sua utilidade na luta pelos direitos de seus trabalhadores acabe por ser prejudicada.

Além do número de sindicatos, há as centrais sindicais. Outro braço de grupelhos que ficam a vida toda na mamata, sob o pretexto de estarem “lutando”. Temos como por exemplo a CUT, a CTB e a Força Sindical. É muito fácil “lutar” contra o capitalismo, ganhando a bagatela de alguns milhares de reais, sem precisar efetivamente trabalhar.

Mas deixando os sindicatos elevados à primeira potência de lado, precisamos elevar ao quadrado, uma vez que você, leitor, chegou até aqui e talvez tenha ficado curioso o que seriam “sindicatos”^2?

Pois é, sim, no Brasil eles existem: SÃO OS SINDICATOS DE TRABALHADORES DE ENTIDADES SINDICAIS! Duvida? O endereço desta entidade, no RJ, pode ser acessado em: http://sintesirj.org.br/portal/v1/. Seu slogan, o melhor possível: “Sindicatário defenda seus direitos!”. Ainda duvida? O endereço continua aqui: http://sintesirj.org.br/portal/v1/.

No RS, temos o “Sindicato dos Empregados em Entidades Sindicais e Órgãos de Classe do RS”. É o SINDISINDI! SIM, você não leu errado, SINDISINDI. Também duvida? Então toma: http://www.sindisindirs.org.br/.

Mesmo sendo liberal na economia, é possível a existência de sindicatos, pois há muitas coisas que podem ser negociadas de forma coletiva. Por exemplo, em uma empresa grande, uma indústria, não há como cada um dos 3000 empregados de uma planta negociar condições. Microeconomicamente, neste caso uma negociação de verdade produz ganhos de escala, tanto ao empregado quanto ao empregador. Este pode ser um jogo ganha-ganha.

Infelizmente, no Brasil, a grande maioria dos sindicatos é mero instrumento de partidos de esquerda, uma vez que se arrecada uma bela importância em dinheiro, para “lutar” pelos trabalhadores, sendo que a realidade é bem diferente.

Depois de visitar os sites destes exemplos aí, tire suas próprias conclusões sobre a real representação sindical no Brasil.

Afinal de contas, pode um pobre ser de direita?

“Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita”

A frase acima é do cantor e compositor Tim Maia, falecido em 1998, que nos deixou hits como “Azul da cor do mar”, “Me dê motivo”, “Sossego”, entre outros.

Não entrando no mérito da questão binária esquerda x direita, em que se não é esquerda é direita e vice-versa, há um conceito bastante comum,
apontado principalmente pelo lado esquerdista da força, de que “pobre não pode ser de direita”.

Será mesmo?

Afinal de contas, por que um pobre seria de direita? Há quem diga que pobre não pode ser pois ele consome serviços públicos, principalmente
nas esferas da saúde e educação, matriculando seus filhos no sistema público de ensino – seja ele municipal ou estadual – e, posteriormente,
postulando a uma vaga em universidades públicas – federais ou estaduais – além de tentar buscar vagas em universidades particulares por intermédio de bolsas de estudo, sejam elas totais ou parciais. Já no sistema de saúde, a pessoa mais pobre acaba por usar o sistema público de saúde,
o nosso conhecido SUS.

Pois bem, além da figura do “pobre de direita”, há a figura do “esquerda caviar”, do “socialista de iphone”, pois afinal “se a classe operária tudo produz, a ela tudo pertence” (ok, afinal de contas, você minerou a bauxita, tratou até que virasse chapa, fez o vidro, montou os chips, além de, é claro, desenvolver toda a parte de software do seu smartphone; pois bem, vamos fingir que você cumpriu com todas as etapas e, após uns 50 anos, conseguiu montar seu iphone 7).

Ainda que o pobre acabe consumindo mais serviços públicos que uma pessoa de classe média ou rica, há uma questão que é simplesmente ignorada: o pobre consome estes serviços de qualidade, digamos, discutível, pois ele é O-BRI-GA-DO a consumi-los, pois não tem a opção de pagar por uma escola particular ao seu filho, ou de pagar por um plano que lhe ofereça serviços de saúde, caso se faça necessário.

E, por incrível que pareça, o pobre sabe muito bem que estes tipos de serviços não vão lhe proporcionar uma vida que ele gostaria de ter, uma vida que eles gostariam de deixar para seus filhos. Por isto que, diferentemente do que se diz por aí, o pobre é que realmente quer consumir serviços de educação de qualidade, saúde de qualidade, mesmo que ele tivesse que pagar diretamente para isso, diferentemente do que ocorre hoje, onde o Estado, na ânsia de querer garantir tudo, “pois está na Constituição”, acaba saqueando o mais pobre para dar ao mais rico, numa espécie de Robin Hood às avessas.

Afinal de contas, o pobre quer é dar uma vida digna à sua família, ele quer sim prosperar, e já percebe que o Estado se metendo em tudo é uma péssima ideia. Por isso, são nas camadas mais pobres da nossa população que há mais informalidade no mercado de trabalho, pois se sabe que os custos para contratar e demitir um trabalhador são altíssimos, o que muitas vezes inviabiliza a formalização da pessoa no mercado. Não é à toa que no Brasil praticamente metade do mercado de trabalho privado é informal. Chega ao cúmulo que simplesmente não vale a pena assinar a carteira de trabalho do sujeito, por causa dos extorsivos encargos trabalhistas, que são mostrados como “direitos”.

Diferente do “socialista de iphone”, este sim um belo exemplo de como uma pessoa consegue ser hipócrita, pois admira regimes como Coreia do Norte e Cuba, mas que prefere tirar férias a umas 100 milhas da ilha-prisão da família Castro, justamente em Miami, bem no território do seu inimigo (Vá entender! Uma pessoa dessas deve se tratar, mas tudo bem!).

Já o “pobre de direita”, este sim quer é trabalhar, nem que para isso tenha que passar uma vida inteira sob apertos, pois acredita na força do mérito,
na vontade de acordar cedo todos os dias, para que possa prosperar na vida, para que possa comprar uma casa maior, para que possa ver seus filhos bonitos e saudáveis. Afinal de contas, como o pobre de direita só pode contar com serviços estatais, ele sabe que deve buscar o que é melhor para si.

Se o sujeito não tem uma noção básica de economia, ou se é um manifesto canalha, irá dizer que o capitalismo escraviza, pois “gera desigualdades”, “oprime os trabalhadores”, e outros mitos que se vê por aí. A questão é: em termos proporcionais, o pobre paga muito mais imposto do que o rico, pois a tributação, no Brasil, é de caráter regressivo, ou seja, quanto menor a renda, mais imposto em termos proporcionais o sujeito estará pagando. E como isto é possível? Simples: no Brasil a tributação é majoritariamente feita no consumo, são os chamados impostos indiretos. Impostos como IPI, ICMS, dentre outros, estão embutidos no preço do produto final, que vai das empresas às residências das pessoas. Se uma pessoa pobre e uma pessoa rica compram a mesma quantidade de produtos, como o pobre
vai gastar proporcionalmente mais que o rico, ele acaba pagando mais, pois não vai lhe sobrar nada, enquanto que o rico pode consumir outras coisas, ou investir em outras opções.

E como o pobre basicamente gasta sua renda em produtos de primeira necessidade, não lhe sobrando muita coisa para adquirir outros tipos de bens, ou até mesmo de formar um patrimônio, acaba dispendendo grande parte da sua renda para pagar imposto, ou seja, o pobre é quem financia serviços que basicamente ricos usufruem. Muita gente nem sabe que paga imposto, e simplesmente acaba reclamando do preço cobrado nas prateleiras do supermercado. Pois é. Mal sabem eles que produtos como
alimentos e remédios possuem uma carga tributária absurda. O caso dos remédios é ainda mais grave, pois o sujeito paga para ficar doente.

Ainda que o texto possa ter ficado um tanto extenso, é possível dizer que a pessoa ser “pobre de direita” faz todo o sentido, pois ela sofre na pele, diariamente, os males que um Estado grande faz. Ou seja, como o pobre tem aquele espírito batalhador, empreendedor, ele pode sim ser “de direita”, pois se ficar dependendo do Estado para tudo, vai acabar se perpetuando na pobreza.